Na noite de sábado (9), moradores de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis e outras cidades de Goiás se surpreenderam. Além do clarão no céu, o meteoro também provocou estrondos.
![Meteoro em goiás](https://static.wixstatic.com/media/233634_db49b5fd2d8e4af8a258680ad164989c~mv2.jpg/v1/fill/w_980,h_689,al_c,q_85,usm_0.66_1.00_0.01,enc_auto/233634_db49b5fd2d8e4af8a258680ad164989c~mv2.jpg)
Meteoros são corpos celestes que atingem a atmosfera terrestre. O atrito desses sólidos com os gases atmosféricos deixam um rastro luminoso, por isso, também são chamados de estrelas cadentes. Um meteoroide é um corpo sólido que se move pelo espaço e apresenta dimensões inferiores a dos asteroides (< 1 km).
Quando um meteoroide penetra na atmosfera da Terra passa a ser chamado de meteoro. E, se porventura sobreviverem ao atrito da passagem pela atmosfera, o meteoro vira meteorito, que é um fragmento sólido em forma de rocha.
O diretor do instituto de astronomia Plêiades do Sul, Ary Martins, disse que o brilho provocado pelo meteoro foi ao menos 2,5 vezes maior do que o da Lua cheia, e que também houve um estrondo sônico e, possivelmente, um tremor. Ary falou também que possivelmente o fenômeno deixou fragmentos sobreviventes (meteoritos).
O objeto se deslocou a cerca de 90 km de altura, segundo Ary Martins.
O rastro luminoso dos meteoros pode ser de curta ou longa duração e quando apresentam um brilho igual ou mais luminoso que os planetas mais brilhantes, são chamados de bólidos ou bolas de fogo, que foi o caso do meteoro que cruzou o céu de Goiás. Nos registros feito pelos moradores, é possível ver o clarão.
As câmeras de segurança da casa do fotógrafo de astronomia, Pedro Augusto de Castro, registraram o brilho do meteoro refletido no vidro de um carro. Ele se dedica a registrar esses fenômenos há mais de um ano.
"Direto pego alguns, mas não tão grandes como esse, é realmente excepcional", afirmou Pedro.
De acordo com relatos de moradores de Goiás, janelas de várias casas acabaram tremendo. Isso aconteceu depois de terem ouvido uma forte explosão após a passagem do meteoro. Além de ter tido o brilho acima da média, o meteoro gerou dois flashes.
Outro meteoro já havia passado por Goiás em janeiro desse ano. Ele foi visto em cidades como Catalão e Goiandira. Em julho do ano passado, outro internauta flagrou um meteoro enquanto filmava o por do sol em Goiânia.
No Rio Grande do Sul, há alguns dias, também foi visto um meteoro bola de fogo. No dia 5 de abril, um meteoro foi registrado pelo Observatório Heller e Jung antes de se destruir por completo a 40 quilômetros (km) da superfície da Terra, não chegando assim na superfície.
Já em março, também no RS ocorreu um fenômeno bastante raro durante a noite, a chamada “chuva de virginídeos”, que dura entre fevereiro e abril. Um meteoro ao passar pelo céu do estado explodiu duas vezes, uma em sequência da outra, algo raro de acontecer (menos ainda de se observar), de acordo com especialistas.
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