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Foto do escritorNicolle Reis

O vulcão Cumbre Vieja está mais ativo

Atualizado: 24 de nov. de 2021

O aparecimento de novos centros de emissão de lava mostram que o vulcão ainda está muito ativo cinco semanas após a erupção.


Imagem do vulcão Cumbre Vieja, em La Palma, na Espanha. Em erupção desde 19 de setembro, o vulcão não dá sinais de trégua. Fonte: Agência EFE.

O vulcão Cumbre Vieja, em La Palma, na Espanha, completou cinco semanas de erupção com força total. Os escoamentos de lava já arrasaram 901,2 hectares e destruíram 2.146 prédios, de acordo com o programa europeu de monitoramento por satélite Copernicus.


Longe de enfraquecer, no domingo (24/10) surgiu um novo centro de erupção (boca) aberto abaixo do cone secundário, de onde flui uma grande quantidade de lava líquida, e no qual os terremotos têm sido constantes. A emissão de lava mais fluida faz com que ela avance encosta abaixo com maior velocidade sobre sobre os fluxos pré-existentes.


Carmen López, chefe da rede de vigilância vulcânica do Instituto Geográfico Nacional (IGN), ressalta que ainda é cedo para saber como esse novo centro de emissão se comportará no futuro. Se ele formará um novo cone, ou se será um duto de emissão, pelo qual sairá lava mais líquida, como outros abertos anteriormente.

Momento em que se abre uma nova boca abaixo do cone secundário do vulcão Cumbre Vieja, de onde sai grande quantidade de lava. Fonte: Agência EFE.

No domingo, houve um aumento do sinal de tremor, até atingir um um ponto culminante, que coincide com o surgimento deste novo centro de emissão. A partir daí o sinal, caiu notavelmente. Também foi registrado um aumento na sismicidade e explosividade.


López explicou que o vulcão precisa de muita energia para encontrar novas vias de saída da lava e que, ao se liberar do excesso de pressão e manter um fluxo de lava constante, essa explosividade desaparece.

Preocupação em várias frentes

São várias as frentes de lava que preocupam os cientistas e o comitê de direção do Plano de Emergências Vulcânicas de Canárias (Pevolca).



Uma massa de lava que desceu pelo vulcão e parou no bairro La Laguna, recebe aporte da lava que continua escoando, e se move em direção ao mar. Um outro fluxo de lava avança cerca de 50 metros por hora, segundo cálculos do Instituto Geológico e Mineiro, e se dirige para a zona de Corazoncillo, em Las Manchas.


Mapa do trajeto percorrido pela lava vulcânica até o dia 18 de outubro. Fonte: Adaptado de El País.

A esperança do gabinete de crise é que essa lava acabe se juntando à anterior e não cause danos na área, que foi uma das primeiras evacuadas desde que o vulcão começou a entrar em erupção em 19 de setembro. Além disso, eles confiam que o grande acúmulo de cinzas na região irá adicionar mais viscosidade e desacelerar a lava.


Atualmente, existem quatro centros de emissão ativos, mas ao longo de todo o processo eruptivo foram contabilizados 10, dos quais alguns foram ativados e depois fechados.



O comitê científico analisa o "aumento notável" na sismicidade em diferentes níveis. Da mesma forma, confirma uma “tendência lenta” de deflação do terreno em pontos distantes do centro eruptivo, enquanto a deformação próxima ao cone permanece estável.


Cidade evacuada, devido ao risco de ser atingida pelas lavas do vulcão Cumbre Vieja. Fonte: Agência Brasil.

Copernicus publica o trigésimo relatório

O Copernicus, sistema europeu de satélites, atualizou o diagnóstico sobre os efeitos devastadores da lava do vulcão Cumbre Vieja. Uma medição realizada no domingo elevou a área devastada para 901,2 hectares e para 2.146 edifícios destruídos, o que significa um acréscimo de nove hectares imersos em lava em uma margem de nove horas.



No trigésimo mapeamento da erupção, constatou-se que além das edificações destruídas existem outras 128 parcial ou possivelmente danificadas. O Copernicus estima que 69,2 quilômetros de estradas foram afetadas pelo escoamento, dos quais 65,7 desapareceram.


De acordo com os dados geridos pela comissão do Plano de Emergência Vulcânica das Canárias (Pevolca), há mais de mil casas destruídas. O número de pessoas alojadas em hotéis é de 439, além de outros 46 dependentes alojados em centros sociais e de saúde.



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