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Como o granizo se forma nas nuvens?

  • Foto do escritor: Raquel Pereira
    Raquel Pereira
  • 25 de set. de 2021
  • 2 min de leitura

Os granizos podem provocar grandes danos ao homem e às suas propriedades. Mas como o granizo se forma nas nuvens?!


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Carro danificado pelo granizo. Foto: Pablo Gomes, Agência RBS (Fonte: Diário Catarinense)

O granizo é definido como precipitação congelada possuindo diâmetro entre 5 e 200 mm. Para ele se formar precisamos de alguns ingredientes essenciais, como o calor e a alta umidade, que vão dar origem as nuvens de tempestades, conhecida como Cumulonimbus (Cb), e que são caracterizadas por possuir grande desenvolvimento vertical.


No interior das nuvens Cb, existem correntes de ar ascendentes e descendentes com forte intensidade, além disso no topo da nuvem, a temperatura é extremamente baixa e pode chegar a -40°C. Tudo começa com gotículas de água que evaporam da superfície terrestre, essas gotículas são carregadas para regiões extremamente frias das nuvens pelas fortes correntes ascendentes e através do processo de acreção (riming), congelam na superfície do cristal de gelo que cresce até o tamanho de um granizo. Ao atingirem um peso suficiente para superar as correntes de ar, ocorre a precipitação de granizo.



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Nuvem com grande desenvolvimento vertical (Cb), em que o granizo se forma quando as gotículas de água são levadas para a porção abaixo de 0°. Fonte: Geo curiosos (2012)

O que a maioria das pessoas não sabem é que a formação de granizo é comum nas nuvens de tempestade, porém geralmente o granizo não chega à superfície. Entre a parte mais baixa das nuvens e o solo, as pedras de granizo são expostas à temperatura do ar e podem ser aquecidas. Esse aquecimento pode ou não derreter o granizo. Estima-se que 85% das tempestades contenham granizo em algum momento do seu ciclo de vida.

Ao longo das últimas décadas a identificação da ocorrência de granizo tem sido realizada por meio de observação in situ (visualmente e HailPads - placas de isopor que deformam após o impacto dos granizos, conseguindo definir o tamanho do granizo) e via sensoriamento remoto através de radares e satélites meteorológicos. Porém, observações em solo são limitadas a uma localidade específica e não permitem a identificação espacial das características físicas e microfísicas da tempestade que produziu o granizo. Portanto, a utilização de radares meteorológicos para a caracterização de tempestades com granizo têm se mostrado uma alternativa promissora.


O granizo pode ter vários tamanhos, podendo causar grandes prejuízos, como destruir plantações, provocar a queda de árvores, abalar a estrutura de telhados, danificar a rede elétrica, amassar carros, derrubar placas de propagandas, desencadear uma série de transtornos no trânsito. No dia 14 de Abril de 1986, em Bangladesh, ocorreu a chuva de granizo mais pesada da história, em que as pedras pesavam cerca de 1 kg. Os estragos foram imensos e provocaram na morte de 92 pessoas e na destruição total de diversas culturas agrícolas.

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Dependendo do tamanho do granizo, ele pode provocar sérios prejuízos.

No Brasil, as chuvas de granizo são mais frequentes nos estados da Região Sul e em alguns locais das regiões Centro-Oeste e Sudeste. Nessas regiões temos um maior encontro entre massas de ar mais frias vindas pelas frentes frias e as massas de ar quente do norte do país. Esse choque de massas cria condições para a formação e desenvolvimento vertical das Cbs.














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