Memorando assinado em conferência online estabeleceu que as agências espaciais dos dois países instalarão um laboratório na superfície ou na órbita do satélite.
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A China e a Rússia oficializaram um acordo nesta terça-feira (9) para a construção de uma estação de pesquisa internacional no polo sul da Lua. Um memorando foi assinado durante videoconferência pelo chefe da agência espacial russa, Roscosmos, Dimitri Rogozin, e pelo diretor da Administração Nacional Espacial da China (CNSA), Zhang Kejian.
A confirmação veio após rumores de uma possível parceria entre os russos e os chineses. O acordo ameaça uma cooperação histórica entre a Rússia e os Estados Unidos, que se alongou por duas décadas, e pode fazer com que a Nasa, agência espacial norte-americana, tenha que enfrentar uma forte concorrência nas viagens à Lua.
O memorando marca também um certo distanciamento entre a Roscosmos e as agências presentes na Estação Espacial Internacional (ISS). Todavia, a CNSA disse, em comunicado, que a base lunar, a Estação Internacional de Pesquisas Lunar (ILRS, sigla em inglês) será "aberta a todos os países interessados [no espaço] e parceiros internacionais".
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Ainda segundo a agência chinesa, o laboratório espacial lunar será abrangente e “com capacidade de operação autônoma de longo prazo”, podendo ser construído ou na superfície lunar, em órbita ou em ambos. Lá haverá “atividades de pesquisa científica multidisciplinar e multi-objetivo”, incluindo “observação lunar, experimentação científica básica e verificação técnica” do nosso satélite natural, de acordo com o comunicado.
Por enquanto, nem a China ou a Rússia anunciaram a data de início da construção da ILRS e nenhuma das nações já pousou uma tripulação humana na Lua. Com o projeto, os países querem realizar uma presença de longo prazo no satélite.
A China já declarou, inclusive, que deseja estabelecer presença robótica na Lua em 2030 e lançar uma missão duradoura com seres humanos entre os anos de 2036 e 2045. Em torno desse objetivo, estão as missões chinesas Chang'e-5, 6, 7 e 8, assim como a Luna 27, da Rússia.
De acordo com o jornal The New York Times, a China nunca foi convidada para o laboratório que fica em órbita com a Terra, a Estação Espacial Internacional (ISS), pois a lei americana proíbe a Nasa de cooperar com Pequim.
Visto isso, a nação asiática "não teve escolha a não ser estabelecer e perseguir seus próprios objetivos", segundo comentou ao jornal Joan S. Johnson-Freese, professora de assuntos de segurança nacional do United States Naval War College, da Marinha dos Estados Unidos.
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